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Brasil Offshore, em Macaé, RJ, deve gerar negócios de R$ 210 milhões

Brasil Offshore, em Macaé, RJ, deve gerar negócios de R$ 210 milhões

A sétima feira Brasil Offshore, que ocorre entre 11 e 14 de junho, em Macaé, no Norte fluminense – um mês após a 11ª rodada de leilões de blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo (ANP) –,  pode gerar negócios de R$ 210 milhões, segundo informaram os organizadores nesta quarta-feira (22). Na feira passada, em 2011, a rodada de negócios da feira, realizada pela Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip), gerou R$ 170 milhões em transações.

Bruno Musso, da Onip, informou que as rodadas de negócios devem atingir o número recorde de 500 reuniões com a participação de 22 empresas âncoras como operadores e grandes contratantes, e 183 empresas fornecedoras de médio porte, para que esse segmento da indústria de petróleo possa também fechar negócios e fortalecer a política de conteúdo local.

Representantes da indústria de petróleo anunciam a 7ª Brasil Offshore (Foto: Lilian Quaino/G1)

A Brasil Offshore de 2013 terá como novidade a presença da China, que irá a Macaé pela primeira vez com 30 expositores, o maior número de expositores de um país. Apesar do interesse na feira, as empresas chinesas não se habilitaram na 11ª rodada da ANP.

"Esse fenômeno chinês não acontece só no Brasil. A China tem um diferente modelo de penetração no mercado internacional não só referente ao Brasil e à indústria de petróleo.Não vemos as grandes empresas se instalando, mas vemos o interesse de acesso ao mercado. Isso aumenta nosso desafio de tornar a indústria competitiva", disse Bruno Musso, da Onip.

Maurício Figueiredo, do IBP, ressaltou que recente estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou para uma mudança na percepção do que é competir com a China  em qualquer mercado.

"O conceito de que a China é muto competitiva pelo baixo custo da mão de obra é equivocado, uma vez que esse item vem em terceiro lugar nas avaliações. O item que mais faz a indústria chinesa competitiva é a infaestrutura. Temos que avançar bastante nesse quesito, que é primordial para o país e demanda tempo e recursos", disse.??Ainda sobre a China, Figueiredo disse que o Brasil é foco daquele país há tres anos e a presença na feira é reflexo dessa tendência. "A China tem um desafio gigante em relação à energia por conta da grande e crescente população", disse.

Para Maurício Figueiredo, a feira é importante para gerar negócios que vão desenvolver tecnologia para o desafio de tornar realidade a exploração dos novos blocos leiloados pela ANP na 11ª rodada.

"Vamos estimular a ANP a viabilizar o leilão do pré-sal até o fim do ano. É importante dois leilões em um ano para  dar uma nova dinâmica para a indústria", disse.

Para ele, foi positiva a pulverização dos lotes, que garante a antecipação de investimentos de 30 empresas com programa exploratório a ser cumprido.

"Muito dinheiro vai ser investido rapidamente. O compromisso de investimento na fase exploratória é de R$ 7 bilhões", disse.